UM SELO...SELANDO
O NOSSO AMOR !
Armou-se naqueles olhos
latejantes
um despudor que ela não
acreditava ter,
quando suas vestes,
como um sol poente,
tombaram bem na linha
do horizonte.
E ela não podia crer que
isso fosse real,
porque era incompatível
com seu pensar,
pouco acostumado às
fímbrias das ilusões
mais audaciosas.
Marchavam então as ignotas
dúvidas,
como se fossem céleres soldados
contendo
as vontades todas dentro de
um frasco.
Logo...mais que onipotentes...
chegavam
desejos que já não podiam
ser contidos
e havia então uma batalha
de sentires.
Nisso...chegava sem ser
convidado,
um cavaleiro de negro
todo vestido,
que brandindo a espada
das dúvidas
disse chamar-se medo.
Então ela me olhou...
e eu a olhei...
e sabíamos que o medo era
apenas mais uma ilusão
que vinha
acorrentar nosso querer.
Num só abraço nos
abraçamos...e contentes...
sabíamos os dois
que o cavaleiro negro partia
de mãos vazias.
Depois veio o nosso beijo
apaixonado,
que era como um selo...
selando o nosso amor.
E a tarde quente caía...caía...
e ela nos meus braços
também !
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Autor: Cássio Seagull em 13-02-13 SP
ca.seagull@hotmail.com
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