domingo, 7 de abril de 2013

Ah...cigana...cigana....






AH...CIGANA...

CIGANA...


Ainda que a tarde se

escondesse

ela vinha trazendo o seu

semblante

para que eu nele

adivinhasse seus desejos.


E então o vento virava

ventania,

porque ela sabia o que

era lejanía,

e em mim se debruçava

de peito em riste,

só para me mostrar que

ainda me queria.


Então eu sabia o que ela

apenas imaginava,

quando nossas mãos se

buscavam carentes

naqueles momentos

de paixão incontida,

onde nem meus versos

com ela podiam !


Ah...essa tua postura de

dança sensual

que logo depois se

desmancha em abraços

e beijos

que só uma cigana

pode dar

e depois fazer trepidar

todas em ânsias !


Cigana...cigana...você

sabe o que penso,

quando no desvestir-se

de tuas tristezas,

aqui me encontras pronto

para te amar,

e teu coração enfim no

meu se alegrar.


Ah...cigana...cigana.

Você sabe o que eu sinto,

e nem precisa olhar

em tua bola

reluzente de cristal,

porque

em você eu já estou pronto

para te amar...e te fazer

medrar

antigas volúpias do prazer.


Ah...cigana..cigana,

teus beijos nunca vou

esquecer !


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